sábado, 12 de fevereiro de 2011

FOME DE AMOR...


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Muitas vezes jogamos fora a felicidade por teimosia, burrice ou falta de posicionamento. Antes idiota que infeliz!

(Arnaldo Jabor)

sábado, 18 de dezembro de 2010

O CONFORMISMO AMORDAÇA PESSOAS FASCINANTES. LIBERTE-SE!

Gostaria muito de compartilhar alguns trechos que li sobre uma armadilha da mente muito comum entre as pessoas, confesso que esses trechos serviram como tapa na minha cara.. reaja Mel!!

O ser humano pode viver amordaçado dentro de si, ainda que sua língua esteja livre para falar. Pode viver acorrentado, ainda que suas pernas estejam soltas. Pode viver asfixiado, ainda que seus pulmões estejam abertos.

Armadilhas da mente. Lucidez para reconhecê-las e humildade para assumi-las são fundamentais para superá-las. ;)


Somos vítimas e vilões da sociedade, somos vítimas e vilões de nós mesmos.

“ As sociedades modernas tornaram-se uma fábrica de pessoas ansiosas. O normal é ser estressado, irritadiço, estar fatigado; o anormal é abraçar as árvores, falar com as flores, fazer da vida um espetáculo. Se estiver estressado, você é normal”

Oh saudade na minha anormalidade..

Todo ser humano quer ser reconhecido, todo ser humano precisa escrever a sua própria história. E essa é uma das diferenças entre o conformista e o ativista, pois o conformista é vítima do seu passado e acredita que todas as coisas são obras do destino, já o ativista acredita que o destino é uma questão de escolha. O conformista vê a tempestade e se amedronta, o ativista vê no mesmo ambiente a chuva e enxerga a oportunidade de cultivar. O conformista se aprisiona no passado, o ativista se liberta no presente.

“Um ser humano sem história é um livro sem letras.”

Essa é a mais pura verdade que li...

O conformismo é a arte de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psíquicas, os eventos sociais e as barreiras físicas. O conformista amordaça o Eu, impedindo-o de lutar pelos seus ideais, de investir em seus projetos, de transformar a sua história. Não assume sua responsabilidade como agente transformador do mundo, pelo menos do seu mundo.

Qual é a sua porcentagem conformista?

Alguns são ágeis para ganhar dinheiro, mas lentos para conquistar o que o dinheiro não compra. Alguns são seguros para dirigir carros, mas frágeis para controlar suas reações. Alguns são peritos em conquistar metas profissionais, mas lentos para conquistar seus filhos, alunos, colegas de trabalho. Alguns são exímios leitores de livros, mas péssimos leitores de comportamento. Alguns são brilhantes para investir na sua empresa, mas péssimos para investir em si mesmos.

O conformismo é uma armadilha da mente. Soterra habilidades, anula dons, contrai competências, bloqueia algumas funções mais notáveis da inteligência. Não exploram nem o que as pessoas tem de melhor, nem o que possuem de mais rico. Vivem na superfície.

O conformista é inerte e mentalmente preguiçoso, pelo menos na área em que se considera incapaz, inábil. Não exerce suas escolhas por medo de assumir riscos. Não expande seu espaço por medo da crítica. Prefere ser vítima a agente modificador da sua história. Prefere ser amante da insegurança a parceiro do entusiasmo. Prefere enterrar seus talentos a dar a cara para bater. Os conformistas transformam fracassos em medo, os determinados transformam derrotas em garra.

“ A sabedoria não está em não falhar ou sofrer, mas usar nossas falhas para amadurecer e nosso sofrimento para compreender a dor dos outros.”

Quantos milhões de jovens não estão formando neste exato momento janelas traumáticas que assassinam sua capacidade de empreender, de se aventurar, ter gana, garra, auto-estima?

Ninguém pode asfixiar, anular e amordaçar mais um ser humano do que ele mesmo.

Alguns estão sempre auto-aprisionando, achando que serão depressivos, fóbicos, obsessivos, para sempre. Rotulam-se e se deixam rotular. Não percebem que são, acima de tudo, complexos seres humanos e como tal podem desenvolver a capacidade de proteger sua emoção, gerenciar pensamentos e filtrar estímulos estressantes.

Desconhecem o tesouro soterrado nas pilhas das suas perdas.

“ A vida é um grande contrato de risco, tem curvas imprevisíveis e acidentes inevitáveis.”

Decifra-se! Rompe suas algemas! Recicle-se! Prepare-se para uma segunda jornada!

Está pronto? Hu hu ;


(A.C.)

sábado, 23 de outubro de 2010

~ Miss Imperfeitα ~






"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Por mais que eu tente ser disciplinada e responsável, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.

Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".

(M.M.)